terça-feira, 27 de agosto de 2013

SITUAÇÃO DA CORTE PORTUGUESA EM PORTUGAL 1º ano

2– Situação da corte portuguesa que ficou em Portugal
"... O momento vai-se tornando sobremaneira crítico para Portugal... Creio que uma reforma pronta no governo de Portugal é uma absoluta necessidade e que El-Rei não deve hesitar em mandar imediatamente seu filho primogênito, nomeando-lhe um conselho de gente capaz, se a achar, dando-lhe poderes muito extensos. [Os regentes de Portugal] reconhecem o descalabro econômico e financeiro do país. [Percebem] que o país chegara a uma crise... [não poupam] uma referência de censura à decisão que determinara a abertura dos portos do Brasil que privou Portugal do comércio exclusivo com aquele reino nem se esqueciam de condenar as condições em que, pelo tratado de 1810, a débil indústria portuguesa se vira batida, na metrópole e no Brasil, pela produção britânica [...]".
Carta do Conde de Pámela, 6 de março de 1820 – adaptada. Documento encontrado no livro didático Brasil: Encontros com a História, volume dois, dos autores Vanise Ribeiro e Carla Anastasia
Roteiro de Leitura
• Quem escreveu a carta?
• Qual a data da carta? Em qual contexto histórico ela está inserida?
• Qual a situação de Portugal contada pelo Conde de Pámela?
• A carta mostra um desagrado dos regentes de reino com relação a algumas medidas tomadas por D. João referentes ao Brasil e que estavam prejudicando Portugal. Que medidas são essas? De que maneira elas prejudicavam Portugal?
• Qual o conselho do Conde ao Rei?

SITUAÇÃO DA CORTE PORTUGUESA 1º ano

1- Situação da corte portuguesa que veio para o Brasil
Trechos de cartas de Luiz Joaquim dos Santos Marrocos, escritas do Rio de Janeiro a sua família em Lisboa. Luiz Joaquim fazia parte da imensidão de funcionários que, com a transmigração da Corte portuguesa para o Brasil, vieram na ocasião ou depois para ter emprego. Ele chegou ao Rio em 1811, juntamente com a segunda remessa dos livros da Biblioteca Real com a qual trabalharia.
"Ainda que aqui se tem preparado uma grande parte das embarcações de guerra, ninguém por hora se lembra de nos transferirmos a Lisboa; antes pelo contrário há disposição de não ser tão cedo; não só porque crescem aqui as obras de melhores acomodações futuras, mas há coisas particulares, e não sei se expressões de autoridade, que fazem recear uma mui prolongada permanência nesse clima. Por todas as Repartições Eclesiásticas, Civis e Militares há estas aparências; e há tratantes que nem se querem lembrar de Lisboa...". (Carta de Março de 1814 - Adaptada)
"José Egydio Alvares de Almeida lá vai para o Rio Grande ver e arranjar uma grande fazenda que comprou por 63 mil cruzados, e ali, estabelecer uma fábrica de couros, de sociedade com Antônio de Araújo". (Carta de Fevereiro de 1814 - Adaptada)
Anais da Biblioteca Nacional, vol.56,p.185 e 188
Roteiro de Leitura
• Quem estava escrevendo as cartas? Para quem?
• Qual a data das cartas?
• O que Luiz Joaquim nos informa sobre a disposição da Corte para retornar a Portugal?
• Qual a razão apontada por Luiz Joaquim para a prevista demora do retorno da Corte?
• Qual era a situação da corte portuguesa que se instalou no Rio de Janeiro?

texto Período Joanino 1º ano


PERÍODO JOANINO
b) LEIA  o seguinte texto :
"Vale a pena lembrar que, do ponto de vista político, a vinda da corte teve um efeito ambíguo. Não se tratava de uma simples visita da rainha, ‘D. Maria, a louca’, e de D. João, príncipe regente, com seus demais familiares e lacaios. Longe disso, a transmigração régia implicou a transferência de inúmeros funcionários metropolitanos, boa parte deles pertencentes à nata da administração e da aristocracia portuguesas. Uma vez instalada, a nova corte deu origem a uma situação inusitada: o Império colonial português passa a ter duas sedes, uma em Lisboa e outra, no Rio de Janeiro. Enquanto a ameaça napoleônica pairou sob o mundo europeu, havia justificativa para tal situação. A partir de 1815, porém, ela deixou de existir. Essa data marca a derrubada de Napoleão e, ao mesmo tempo, o progressivo restabelecimento dos sistemas monárquicos europeus.
... A tensa relação entre essa elite (que veio para o Brasil) e a que permaneceu em Portugal culminou em 1820. Nesse ano tem início a Revolução do Porto. Tratava-se de um movimento liberal, voltado para a convocação de uma assembléia constituinte, mas que exigia o retorno imediato do rei à metrópole. Um ano após sua eclosão, D.João e uma parcela significativa de sua corte retornavam. No entanto, a dualidade de poder não havia sido extinta: como regente brasileiro ficou D. Pedro, e, com ele, segmentos importantes do antigo grupo que havia fugido de Portugal. O alvo da pressão metropolitana pelo retorno do rei volta-se agora para o regente : em 21 de setembro de 1821, um decreto determina seu retorno imediato. (...) D. Pedro resiste a essa pressão e, em 9 de janeiro de 1822, torna pública sua decisão de permanecer no Brasil. (...) As duas cortes, dessa forma, disputam o poder, até que em 7 de setembro de 1822, D. Pedro rompe definitivamente com a antiga pátria-mãe, sagrando-se imperador a 12 de outubro desse mesmo ano".
PRIORE, Mary Del,VENÂNCIO, Renato Pinto. O Livro de Ouro da História do Brasil.São Paulo: Ediouro, 2001 p.198-199.
A) . Após a primeira leitura esclareça o vocabulário necessário e  leiam uma segunda vez.
D) Respondam as seguintes perguntas relativas ao texto:
• Qual a situação gerada pela vinda da corte exposta no texto?
• O texto afirma que 1815 marca a derrota de Napoleão e o progressivo restabelecimento dos sistemas monárquicos europeus. Diante dessa nova situação, a corte poderia voltar e se estabelecer novamente em Portugal. O que aconteceu com a corte após 1815? • O que o confronto das duas cortes (a que veio para o Brasil e a que ficou em Portugal) gerou? • O que a foi a Revolução do Porto e o que ela representou? Qual foi o resultado desse embate entre as cortes?

F):Por que D. João não voltou com a corte para Portugal quando se viu livre do perigo napoleônico? O texto fala de uma relação tensa entre as elites. Podemos falar que houve um confronto de interesses.

ATIVIDADES REVOLUÇÃO INDUSTRIAL LIVRO DIDÁTICO 1º ano


MONTAR UMA PESQUISA USANDO O LIVRO TEXTO:
a) Título
b) Conceito de Revolução Industrial
c) Quando ocorreu
d) Onde ocorreu
c) Objetivos
d) Características
e) Principais sujeitos sociais envolvidos
f) Consequências
e) Imagens (PODE SER DESENHO)

ROTEIRO DE ATIVIDADES REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 1º ano

ROTEIRO DA ATIVIDADE:

a) Explique por que a Revolução Gloriosa, na Inglaterra, contribuiu para a Revolução Industrial.
b) Qual o conceito de revolução Industrial?
c) Cite algumas invenções relacionadas à Revolução Industrial e sua data de criação.
d) Cite e explique as etapas da industrialização.
e) Quais os principais teóricos da Revolução Industrial?
f) Explique as novas classes sociais que surgiu no processo de industrialização.
g) Quais as consequências da industrialização?


REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 1ª ANO

TEXTO: A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NA INGLATERRA
O pioneirismo inglês:
Foi na Inglaterra onde se desenvolveram as primeiras máquinas a vapor e, portanto, onde surgiram as fábricas, com suas chaminés lançando canudos de fumaça e poluindo o ar.
Veja alguns fatores que determinaram o pioneirismo inglês no processo de industrialização:
·o acúmulo de capitais (riquezas, dinheiro) conseguido através da expansão marítimo (lucros do tráfico de escravos, pirataria e exploração de colônias);
·a Revolução Inglesa do século XVII, que eliminou os entraves feudais e permitiu o avanço capitalista no campo (cercamentos, isto é, expulsão dos camponeses das terras para usá-las como pastagens, para criação de animais como cavalos e/ou ovelhas);
·os avanços tecnológicos experimentados pelos ingleses, como a mencionada invenção da máquina a vapor e, posteriormente, o desenvolvimento dos meios de transporte (ferrovias);
·o desenvolvimento da metalurgia, indispensável à fabricação de máquinas, trilhos de ferro etc.;
·a existência de reservas de carvão e ferro, tão necessários para o funcionamento das fábricas;
·a mão de obra com fartura e também barata, uma vez que milhares de camponeses tiveram que deixar o campo e partir para as cidades, devido aos cercamentos.

MAPA:
mapa

ROTEIRO DA ATIVIDADE:
a) Quando e onde teve início a Revolução Industrial?
b) Explique o que eram as manufaturas.
c) Por que a Inglaterra foi pioneira no processo de industrialização?
d) Segundo o mapa acima, em que locais se desenvolveram indústrias metalúrgicas na Inglaterra?
e) No mapa acima, a referência da densidade das enclousures que são os cercamentos dos campos ingleses. O que eram os cercamentos? E qual a sua relação com a Revolução Industrial na Inglaterra?
A vinda da família real para o Brasil
     A Corte Portuguesa mudou-se para o Brasil em 1808, permanecendo até 1821. Tal mudança foi uma saída estratégica para ficar longe da Europa, visto que Portugal estava encurralado num conflito entre a França e a Inglaterra e no dia seguinte da saída da família Real de Portugal, Lisboa, Capital de Portugal foi invadida pelas tropas francesas.
     O Brasil desde essa vinda de D. João VI e da corte portuguesa, em 1808, começou seu próprio caminho para a independência.
     Os portos foram abertos às nações amigas (Portugal não possuía mais o monopólio do comércio brasileiro); o Rio virou a capital do Império, fábricas puderam ser instaladas, a Imprensa Régia começou a funcionar, assim como o Banco do Brasil, a Biblioteca Real, o Jardim Botânico do Rio e a fábrica de pólvora, hospitais, escolas e repartições públicas, o que mudava, em muito, os costumes da colônia.
     O perfil dito à época "de certo gosto pelas coisas espirituais" de D. João permitiu que novas idéias circulassem. Expedições estrangeiras chegaram ao Brasil: uma missão artística francesa e uma missão científica alemã. O imenso país e toda a sua riqueza natural começaram a aparecer nas pinturas e descrições de vários artistas e cientistas.
Dia do FICO - D. Pedro I

Dom Pedro I

Pedro de Alcântara Francisco Antonio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon, que nós conhecemos como D. Pedro I, filho de D. João e de D. Carlota Joaquina, quando chegou ao Brasil tinha apenas seis anos. Formou sua personalidade longe de Portugal o que o tornava alguém bem mais envolvido com os costumes da colônia.
    Em 1821, D. João regressou a Portugal, deixando D. Pedro I no Brasil.
    O contexto iluminista (movimento contra as crenças e instituições estabelecidas que se formava na Europa e também repercutia no continente americano) sinalizava que mudanças teriam de acontecer em breve e havia muita pressão de Portugal (que chegou até a ser governado por um marechal inglês de nome Beresford, que expulsara de lá os franceses) para assegurar que nada mudasse em relação ao domínio sobre o Brasil.
    Em Portugal, revolucionários portugueses haviam tomado o governo e proclamando a criação das Cortes Constitucionais, uma assembléia representante do povo português que iria criar uma constituição para o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Além da criação de uma constituição, e a intenção de retirar a Inglaterra do governo português, as Cortes queriam recuperar economicamente as finanças portuguesas com uma recolonização do Brasil. Queriam então que D. Pedro deixasse o Brasil.

    Partiu dos brasileiros, principalmente dos setores mais aristocráticos da população, o desejo de que D. Pedro não fosse para Portugal (os planos de Portugal eram de que ele fizesse uma conveniente viagem cultural à Inglaterra, França e Espanha). Consta que D. Pedro reconhecia aí um movimento para desestabilizar a monarquia. No Brasil, havia um sentimento de que a sua presença era um reforço no processo já deflagrado para a independência.

O Dia do "FICO" - 09 de janeiro de 1822
     José Bonifácio de Andrada e Silva, como membro do governo provisório de São Paulo, escreveu uma carta a D. Pedro criticando aquela decisão das cortes de Lisboa, carta divulgada pelo jornal Gazeta do Rio de Janeiro, em 8 de janeiro de 1822.
     O Rio de Janeiro iniciou uma coleta de assinaturas, estendendo-a até Minas Gerais e São Paulo que já haviam aderido à causa de emancipação brasileira. As mais de oito mil assinaturas conseguidas foram entregues a D. Pedro por José Clemente Pereira, presidente do Senado da Câmara do Rio de Janeiro, pedindo que ele ficasse. No dia 9 de janeiro de 1822, D. Pedro escolheu desobedecer às ordens das cortes portuguesas e ficar no Brasil, usando estas palavras: "Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico". 

ATIVIDADES:
1)Quais os benefícios com a vbinda da Família real para o Brasil?
2) Como estava Portugal enquanto D. João estava no Brasil?
3) Qual era a intenção de Portugal?
4)O que foi o Dia do Fico?

A VINDA DA FAMÍLIA REAL PARA O BRASIL


Introdução
   Em janeiro de 1808, Portugal estava preste a ser invadido pelas tropas francesas comandadas por Napoleão Bonaparte. Sem condições militares para enfrentar os franceses, o príncipe regente de Portugal, D. João, resolveu transferir a corte portuguesa para sua mais importante colônia, o Brasil. Contou, neste empreendimento, com a ajuda dos aliados ingleses.
Chegada da família real ao Brasil     Nos quatorze navios, além da família real, vieram centenas de funcionários, criados, assessores e pessoas ligadas à corte portuguesa. Trouxeram também muito dinheiro, obras de arte, documentos, livros, bens pessoais e outros objetos de valor.
    Após uma forte tempestade, alguns navios foram parar em Salvador e outros na cidade do Rio de Janeiro. Em março de 1808, a corte portuguesa foi instalada no Rio de Janeiro. Muitos moradores, sob ordem de D. João, foram despejados para que os imóveis fossem usados pelos funcionários do governo. Este fato gerou, num primeiro momento, muita insatisfação e transtorno na população da capital brasileira.
    No ano de 1818, a mãe de D. João, D. Maria I, faleceu e D. João tornou-se rei. Passou a ser chamado de D. João VI, rei do Reino Unido a Portugal e Algarves.

Abertura dos portos às nações amigasUma das principais medidas tomadas por D. João foi abrir o comércio brasileiro aos países amigos de Portugal. A principal beneficiada com a medida foi à Inglaterra, que passou a ter vantagens comerciais e dominar o comércio com o Brasil. Os produtos ingleses chegavam ao Brasil com impostos de 15%, enquanto de outros países deveriam pagar 24%. Este privilégio fez com que nosso país fosse inundado por produtos ingleses. Esta medida acabou prejudicando o desenvolvimento da indústria brasileira.

     Rei D. João VI
Medidas tomadas por D. JoãoD. João adotou várias medidas econômicas que favoreceram o desenvolvimento brasileiro. Entre as principais, podemos citar: estímulo ao estabelecimento de indústrias no Brasil, construção de estradas, cancelamento da lei que não permitia a criação de fábricas no Brasil, reformas em portos, criação do Banco do Brasil e instalação da Junta de Comércio.
Do ponto de vista cultural, o Brasil também saiu ganhando com algumas medidas tomadas por D. João. O rei trouxe a Missão Francesa para o Brasil, estimulando o desenvolvimento das artes em nosso país. Criou o Museu Nacional, a Biblioteca Real, a Escola Real de Artes e o Observatório Astronômico. Vários cursos foram criados (agricultura, cirurgia, química, desenho técnico, etc) nos estados da Bahia e Rio de Janeiro.
Retorno de D. João para Portugal
    Os franceses ficaram em Portugal durante poucos meses, pois o exército inglês conseguiu derrotar as tropas de Napoleão. O povo português passou a exigir o retorno do rei que se encontrava no Brasil. Em 1820, ocorreu a Revolução do Porto, sendo que os revolucionários vitoriosos passaram a exigir o retorno de D. João VI para Portugal e a aprovação de uma Constituição. Pressionado pelos portugueses, D. João VI resolveu voltar para Portugal, em abril de 1821. Deixou em seu lugar, no Brasil, o filho D. Pedro como príncipe regente.
    Pouco tempo depois, D. Pedro tornou-se imperador, após o processo de Independência do Brasil (7 de setembro de 1822).
ATIVIDADES:
1) Por que D.João resolveu transferir a Corte para o Brasil?
2) Quem foi Napoleão Bonaparte?
3)Como foi a recepção da Corte no Rio de Janeiro?
4)Quais as medidad tomadas no Brasil por D.João?
5) Por que a Inglaterra foi beneficiada com as medidas?
6) Por que D.João retornou a Portugal? Qual o feito de D.Pedro no Brasil ?